Dá pra fazer o “rancho”?
Tranquilamente, eu diria.
Há 5 meses morando juntos, fazemos todas as refeições em casa. Isso aumentou consideravelmente o volume de compras no supermercado, e não dá mais pra fazer pequenas compras semanais, desse jeito acabamos comprando coisas nem tão necessárias assim. Início de mês, precisamos mesmo é fazer um “ranchão”.
Pra não sobrar mês no fim do salário, ficamos de olho nas promoções e descontos, escolhemos aquele dia da promoção do leite, da promoção do arroz, do sabão em pó, etc. Colocamos os alforges nas nossas fortinhas e mais alguns elásticos ou mochilas extras, sem esquecer o cadeadão (importante!).
Véspera de feriado foi dia de abastecer os estoques da cozinha, e ficamos com receio de faltar espaço nos alforges pra trazer o que era necessário.
Em nosso primeiro “rancho” fomos com um alforge apenas, no segundo com um alforge grande e outro pequeno, e nas últimas vezes com os dois grandes (o segurança do local até perguntou se éramos viajantes de bicicleta). Desta vez, ainda levamos uma mochila extra, mas esquecemos os elásticos na hora de sair de casa. Ajeitando daqui, arrumando dali, coube tudo. Ainda bem!
Vamos às contas do que veio nas bikes, do supermercado até em casa:
Peso total: 31.426 kg – distribuídos desigualmente em duas bikes, claro que o André lotou mais peso, eu com mais volume, hehehe!). Quantidade de Ítens adquiridos: vide foto abaixo
Como sempre vamos com os alforges, poupamos sacolinhas plásticas, e neste supermercado ganhamos desconto na compra por isso (por não usar sacolas, e não por ir de bicicleta, ainda…infelizmente!). Mas já deixei sugestão para o pessoal do supermercado dar desconto do mesmo valor do estacionamento de carros pra quem for de bike. Acho que vou ter que escrever mais umas 134567890 de vezes até eles darem atenção à minha sugestão. É claro, quem vai de carro fazer as compras não paga estacionamento, mas o supermercado PAGA para a empresa gestora do estacionamento, a energia elétrica da esteira rolante, a iluminação, etc. Muito justo dar desconto pra quem não precisa destes serviço, não acham?
Enquanto arrumávamos toda baguncinha nas bicis – e já não é a primeira vez que isso acontece, um ciclista soltava sua bike para sair e sentiu-se a vontade para puxar papo: “Legal dividir o peso!”. Conversando, terminamos de guardar as coisas e descobrimos que íamos todos para o mesmo lado, saímos pedalando os 3 pelas ruas, vagarosamente (o peso das bikes de sopetão demora a acostumar), conversando e trocando informações a respeito disso e daquilo, peças, viagens, cidades…
Uma outra vez, também trocamos algumas palavras com outro cidadão ali no bicicletário, após as compras. Ele vinha logo atrás de nós, tomando uma cerveja e com muitas outras numa sacola, na outra um saco de carvão. O André comentou comigo: “Quer ver o cara, vai entrar num carro e sair dirigindo na moral, e esses guardinhas ali nem vão se tocar de pegar o cara no flagra.”. Não aconteceu isso porque ele também estava de bike! Porque se dependesse da fiscalização…Hmmm. Menos mal que para bike não tem Lei seca, e o único prejudicado possível ao guiar um guidon embriagado no trânsito é o próprio bebum. Eu posso dizer que depois de umas latas de cerveja, um trajeto de menos de 1km, e uma descida de sarjeta desajeitada já chegando em casa, o André nunca mais pedalará após beber. Será?
E vocês aí, também fazem o rancho de magrela?