5 Objetos que mais sentimos falta na viagem de bicicleta
Agora que já estamos de volta para a vida de um quintal só, podemos parar e perceber que sentimos falta da vida nômade também. Mas durante a viagem de bicicleta pela América do Sul, ao longo de dois anos e dois meses, junto com todo prazer e coisas boas que uma viagem deste tipo traz ao nosso ser, também sentimos muita falta de alguns objetos que nos trazem certo conforto cotidiano, os quais dávamos muito valor nas esporádicas vezes que nos deparávamos com eles por acaso. Veja quais foram os 5 objetos que mais sentimos falta na viagem de bicicleta:
1º Xícara de cerâmica
Para tomar aquele chá e café quentinho sem queimar os beiços na terrível (mas leve e versátil!) caneca de inox, xicaras de cerâmica são o suprassumo do luxo (ou daqueles que curtem carregar peso), além de tudo ainda mantêm a bebida quente por mais tempo! Pena que quebram fácil e são tão pesadas para se levar numa viagem de bicicleta…A cada subida mais inclinada, nos sentíamos muito gratos pelo peso reduzido de nossa caneca de inox. Mas que um café na xícara de verdade tem outro sabor, ah isso tem!
2º Toalha de banho de algodão
Não que as toalhas ultra compactas de camping sejam ruins, longe disso, elas são excelentes porque secam muito rápido e ocupam pouco espaço. Mas mais até que sentir falta de um bom chuveiro quente (ou frio para as regiões de calor), era sonhando com uma toalha felpuda que nossas células epidérmicas se exaltavam em antecipação. Melhor ainda se for tamanho gigante, bem felpuda, quase esfoliante e cheirando a roupa limpa. Cuidado anfitriões, ofereceu toalha de algodão branca pra cicloviajante, perdeu! Agora sua ex-toalha branca se chamará “béige“.
3º Preços etiquetados nos produtos dos mercadinhos

No hipermercado, todos os produtos tem o preço. Mantimentos para 20 dias de pedal pela RN-40. De Puerto Natales, Chile, até Villa O’Higgins sem passar por cidades.
Porque é um esforço épico perguntar todo santo dia o preço dos mantimentos que precisamos. A cada dia em uma loja diferente, e na maioria das vezes num idioma diferente do nosso, não raro os atendentes falam em dialetos locais ou tem o sotaque bem pronunciado, do tipo que você dificilmente entende sem solicitar que ele repita a frase algum punhado de vezes. Das duas uma, ou vai acabar levando o produto por um preço caro, ou vai sair dali sem comprar comida. Por isso que nos sentíamos num parque de diversões quando encontrávamos grandes supermercados com preços etiquetados. Melhor ainda se for um do lado de outro concorrente, onde é possível até fazer uma pesquisa de preço relâmpago.
4º Fogão a gás
Seja apenas para aquecer água para o café da manhã, ou para não ficar com perfume de fumaça depois da janta, e ainda também naquela hora em que o fogareiro multicombustível resolve entupir (justo quando estamos mais famintos e cansados), até quando precisamos acender o fogareiro à lenha no escuro e no frio, eu poderia listar mais inúmeros motivos para sentir falta do conforto do fogão à gás. Mimimimi. É dispensável, claro! Mas a praticidade que um fogãozinho a gás com mais de uma boca provê “risca o fósforo e tá pronto” assim como mágica, e ainda poder cozinhar com muitas panelas, ah que luxo! Cozinha compartilhada disponível no hostel era motivo de desempate quase sempre!
5º Roupas secas, limpas e cheirosas para vestir pela manhã
Ainda mais em regiões de clima chuvoso e frio, como no inverno do sul do Brasil ou Carretera Austral no Chile, vestir uma roupa limpa e seca faz toda diferença no humor do dia, mas isso é muito raro de acontecer! Comece o dia de pedal com uma roupa úmida de chuva com suór, usada ininterruptamente por uma semana, e você descobrirá felicidade nas pequenas coisas, tais como uma muda de roupa limpa e cheirosa!