A Árvore avó da Floresta {Samaúma Vovózona}
Casinhas de Palha no povoado dentro da Reserva Nacional do Tapajós
Saímos para o local onde pegaríamos o ônibus de Santarém para a comunidade de Maguari, em Belterra. No dia seguinte será a trilha com o guia para conhecer a árvore gigante da Samaúma.
Hoje enquanto não anoitecia visitamos a fábrica da borracha. Aqui é uma comunidade extrativista dentro da reserva FLONA do Tapajós, então muitos moradores extraem a borracha.
É necessário pagar uma taxa de R$6 por pessoa para ingressar na reserva. Depois tivemos o custo com o guia R$50 por grupo, mas como estávamos sozinhos no local, não tivemos com quem dividir o valor. Mesmo assim, seria uma trilha de 6h ou mais de duração, então consideramos o valor justo, e até baixo para o guia.
No galpãozinho rústido da fábrica de látex desenvolvem sandálias de borracha, brinquedos e bolsas artesanais.
Na frente há uma casinha onde fizeram uma lojinha dos trabalhos dos artesãos da comunidade, além dos produtos da borracha há colares e pulseiras feitos com sementes da região pelos próprios moradores.
Que tal um corte de cabelo em um salão de beleza todo cheio de estilo no meio da floresta amazônica? Só que não!
Chegamos cedo na comunidade, e logo fomos direcionados a casa do Seu Joaquim e da dona Maria. De início queriam que ficássemos dentro da hospedagem familiar, mas não tínhamos dinheiro pra isso.
Explicamos que viajamos de bicicleta e que preferiríamos acampar no quintal, mas que poderíamos pagar uma contribuição pelo uso do quintal, chuveiro e banheiro.
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Seu Joaquim não quis ceder no preço, queria cobrar o mesmo valor da hospedaria. Mas depois que dona Maria se aproximou, o homem amoleceu e nos cobrou R$10 o pernoite.
Tivemos o resto da tarde livre, e eles mesmos se encarregaram de avisar algum guia da comunidade para nos levar até a Vovó na manhã seguinte.
Crianças e a bicicleta, o melhor meio de transporte depois dos próprios pés!
Visitamos uma fábrica de látex artesanal dentro da própria área da reserva. As sandálias ainda estavam secando.
Produtos do Látex e da fabricação artesanal dos próprios extratores de látex. Produtos muito originais e interessantes.
Linha de fabricação de bolsinhas de pescoço.
Nosso guia até o encontro da Samaúma, explicando sobre os Jatobás.
Começamos a trilha as 8h da manhã, mesmo tendo combinado com o guia as 7h, para evitar a hora de sol muito forte na volta. Mas tudo bem, seguimos com sorte, o dia ficou nublado e a temperatura agradável.
Numa das paradas de descanso, o guia disse que iria buscar um lanche pra gente. Foi-se, e em 5 minutos retornou com 5 grandes mamões para nosso lanche, e nós lhe oferecemos algumas paçocas de amendoim.
O guia foi sempre muito gentil, e nos contou diversas histórias da floresta, nos explicou sobre diversas plantas e árvores, e nos esclareceu muitas dúvidas.
Ele estava sempre acompanhado de um aprendiz, um rapaz mais novo que ainda está aprendendo o nobre trabalho. Nos explicou sobre a extração da seiva de diversas árvores, seus usos e aplicações.
Na metade do trajeto, o guia parou de súbito, era uma cobra que cruzava a trilha, e era venenosa.
Como ainda estávamos muito próximos às roças da comunidade, provavelmente esta criatura estava perdida em virtude de algumas queimadas controladas que aconteciam nas proximidades.
Não há lugar mais cheio de borboletas que a Amazônia!
Finalmente começamos a encontrar árvores gigantes, primeiro foi a Samaúma filhona, depois a mãezona, e por fim, a vovózona.
Todas estão bem próximas, e o tamanho vai aumentando conforme a proximidade com a vovó. Ficamos muito felizes e estarrecidos ao encontrar com esta gigante da floresta.
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Foi um prazer enorme conhecê-la, há tempos queríamos ter um encontro com um ser tão imenso e imponente. A magnitude desta árvore nos lembra o poder da natureza, e foi uma alegria imensa visitar esta avó amazônica.
Dizem que tem mais de 900 anos, outras fontes dizem que já passa dos mil anos, outros ainda dizem que tem apenas 300 anos.
Seja como for, a idade que tiver, este paredão rumo ao céu sem dúvida é algo que nos marcou, e deu um valor ainda maior a nossa visita a maior floresta do mundo!
Grande êxtase ao encontro da Avó da Floresta! Samaúma, uma gigante, uma maravilhosa obra da natureza.
Retornando da trilha armamos novamente equipamento no quintal do seu Joaquim. Acertamos os preços com ele e nos preparamos para acordar bem cedo, pois o ônibus de volta para Santarém só passa uma vez por dia, e entre 4h e 5h da manhã.
O final de tarde foi curtindo o Pôr-do-sol numa das praias nas margens do Tapajós, e nos distraindo com os netos do seu Joaquim e as crianças da vizinhança, que tinham uma curiosidade imensa com a barraca e nossas parafernálias de cozinha.
De madrugadinha o ônibus nos tirou deste pedacinho paradisíaco e nos levou de volta para o caos e a confusão da cidade grande.
Era hora de nos despedirmos também de Dona Júlia e Jone, uma despedida difícil depois de tantos dias de convivência tão amorosa com esta família querida.
Momento triste de despedida de uma família querida! Dona Julia foi uma mãe emprestada com muito carinho, e Jone um irmão! Queridos, sem palavras pra agradecer tudo que fizeram por nós, toda a acolhida e atenção, as conversas e os momentos, não vamos nunca esquecer!
Pela manhã seguimos nosso rumo, desta vez sem barcos. Vamos por terra rumo a Belém. Vamos enfrentar a tão famosa Transamazônica por alguns bons dias. Poeira e lama nos aguardam!
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