Burocracias Bancárias para uma Longa Viagem
Viajando na América do Sul
Dicas iniciais
Cédulas locais
Conheça as originais do país, se informe sobre falsificações e como reconhecê-las. Gente esperta aposta que o turista desconhece as cédulas e vai passar pouco tempo no país, o que não o fará se abalar pra discutir e contestar a veracidade das notas, e nem ficar conferindo notas altas na frente de uma multidão do tipo “olha pra mim, o turistão cheio dos 100 pilas aqui contando minha riqueza pronto pra ser pego numa armadilha”.
Olho aberto e alerta com a grana em espécie, galera! Pra não ofender quem te entrega as notas, nem que seja numa simples compra de alimento no mercadinho da esquina, diga como você está curioso em conhecer cédulas de uma outra nação, e como as do país visitado são mais bonitas e joga as mãos pra cima com a nota contra o sol e não saia do comércio com nenhuma pulga atrás da orelha. Quebra o gelo e não leva gato por lebre.
Saques em ATM/Caixa automático e casas de câmbio
Dê preferência a sacar um pouco de dinheiro por vez já na moeda local e sempre em cidades pequenas. Além da chance de receber notas falsas do próprio caixa eletrônico em cidades grandes, capitais, ou muito turísticas, ainda é possível que o próprio cambista passe notas falsas misturadas com as verdadeiras. Cidades pequenas tendem a ser mais tranquilas e com menor porcentagem de aproveitadores à espreita de turistas distraídos !
Dólares na cueca?
No tapuér, nos tubos da bike, na sola do sapato, dentro do tubo de pasta dental? Só não esquecer a necessaire no hostel e tá tranquilo!
Pra não correr o risco deste post ficar datado, não vamos detalhar se hoje a cotação vale a pena ou não e pra quais países, seria tarefa difícil.
Nós opinamos que é mais cômodo retirar do caixa automático já na moeda local. Mas esse é o nosso jeito preferido, você pode ter ou já teve uma experiência diferente? Se já teve escreve aí pra gente comentando? Valeu!
No momento da nossa passagem pela Argentina em 2012/2013 valia a pena usar dólar por conta de que os locais de hospedagem e serviços turísticos aceitavam de bom grado umas doletas com cotação favorável ao turista, (leia-se bandeira considerada ilegal pelo governo de lá na época).
Mas imaginamos que hoje em dia nem valha mais a pena.
Estivemos novamente na Argentina em 2017, e desta vez só usamos o cartão internacional, usando saques no caixa eletrônico normal.
Nos pareceu que a crise por lá está com câmbio favorável pra reais, sem precisar usar dólar com bandeiras bizarras de conversão.
Cartão de Crédito X Visa Travel Money
Vimos diversos casos de clonagem do cartão de crédito e quando o dono percebeu o rombo na conta já está feito. Pra resolver esse tipo de caso é uma baita dor de cabeça, se é que todos os casos tem solução.
Para evitar esse tipo de problema (ou parte deste problema) a utilização do Travel Money é uma boa.
Em qualquer banco que você tenha acesso via internet, solicitar um cartão visa travel money. Ele é o que tem de mais seguro e barato para viajar.
Você adiciona dinheiro conforme necessita utilizando sua conta de internet ou pedindo para que alguém faça isso pra você. Como um sistema pré-pago, o que evita o risco de uma perda de grandes somas de dinheiro em caso de clonagem do cartão.
Em relação a taxas, não existe grande diferença de um para o outro.
Visa Plus X Master Cirrus

Cartão da sua conta X Cartão da conta de terceiros

Procuração
Como lidar com a grana?

- Primeiro porque em qualquer banco infelizmente as coisas não funcionam se não é você mesmo resolvendo com o gerente ao vivo em carne e osso. Deixamos procuração pra dois familiares, para justamente poder resolver alguma questão para nós com o gerente, e nem isso foi suficiente. 0800, esquece!
- Segundo motivo é que alguns bancos Brasileiros tem senha 6 dígitos e os caixas automáticos na Argentina usam a maioria só senha de 4 dígitos (num péssimo sistema, diga-se de passagem). Então o Santander tem 4 dígitos também foi super tranquilo nos ATM’s argentinos e chilenos.
- Outra questão é que no Peru e Bolívia há um bloqueio específico para estes países e você precisa que alguém ligue para seu gerente quando você estiver para entrar no país, pois é por período, tipo, “ah, vou ficar 4 semanas na Bolívia a partir do dia tal, libera minha conta.” Se passar desse tempo eles voltam a bloquear.
Muito cuidado onde sacar, evite sacar fora de agências bancárias, é muito comum a clonagem de cartão, isso serve pra Brasil também, fica difícil resolver qualquer problema da estrada.
O que eu acho que é mais esquema mesmo é ter conta conjunta com algum familiar de muita confiança, colocar parte da grana que você pensa em utilizar na viagem lá, e ter dois cartões, um seu e um com o familiar.
Se qualquer coisa precisa ser resolvida, seu familiar resolve pra você, se por algum motivo você não puder sacar no país onde estiver, este familiar pode sacar pra você e te enviar por Western Union.
Claro que as taxas do Western Union são ridiculamente caras, mas numa emergência pode ser a única opção.
Visa travel money é outra boa opção. Você vai adicionando a grana aos poucos, então se você tiver qualquer problema com clonagem, eles só vão conseguir tirar o dinheiro que tá naquele cartão travel money, e não rapar sua conta inteira pra fazer uma volta ao mundo.
VisaTM é isolado da conta principal.
Seguro?! Não fizemos nenhum por pura falta de interesse e ânsia por adrenalina.
Mentira!
Ninguém está seguro desde que o espermatozóide fecundou o ovo e você foi formado. Então deixamos um dinheiro guardado intocado para alguma emergência médica e também de equipamento, esse dinheiro não entrou no orçamento da viagem e sabíamos que se algo muito extraordinário acontecesse, nossa família poderia nos ajudar caso nossa grana fosse insuficiente para uma merda muito grande.
Ufa! Então nada de ruim aconteceu, e essa reserva segue intocada para a vida cotidiana e a próxima viagem servir de backup de emergência outra vez, já que descobrimos que viver na área rural não é muito mais seguro que viajar de bicicleta, as pessoas morrem com cortadores de grama elétricos ainda nos dias de hoje! (Precisamos adaptar um a pedal urgente!)
Na nossa opinião ao mesmo tempo que o seguro te tranquiliza, também te relaxa, e as vezes relaxar significa descuidar e parar de prestar atenção em certos detalhes.
Nós fomos bem noiados em cuidar da saúde e dos equipamentos, da nossa segurança pessoal, por conta de se algo acontecer, ter que bancar do próprio bolso e não ser coberto por alguma seguradora.
Alou seguradoras, alguém aí interessado em oferecer um seguro pra nossa próxima cicloviagem? Nós já saímos sãos e salvos da primeira e da segunda viagem, a estatística está do nosso lado, pode ser um bom negócio pra vocês! hehehe
É isso o que temos a contribuir por enquanto, lembrando que essa foi nossa experiência viajando pela América do Sul, o que pode variar para outros países.
Se você tiver algo a somar a esse post, fique à vontade para deixar nos comentários, será de grande relevância para todos nós!
E não se esqueça, sempre que avistar um poço dos desejos, não deixe de nadar profundamente atrás de algumas moedinhas! hehehe