Fala Galera!!
Espero que gostem do meu relato da viagem que fiz semana passada com a minha magrela!
Qualquer dúvida ou sugestão, postem um comentário ae. Se preferir ouvir este relato no formato de áudio (podcast) é só seguir este link.
Postei esse relato também no forum do mochileiros.com aqui, onde está rolando uma discussão legal.
Números da Viagem
Distância Total:739,74km
Tempo Total Pedalando:41h43min29s
Média Velocidade: 17,7km/Hora
Gastos com comida: R$40
Gastos com hospedagem: R$15
Gastos com manutenção da bike: R$30
Pneus furados : 1
Kg de banana consumidas ~4,5Kg
Kg de outras frutas consumidas ~2,5kg
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1º Dia – 19 Julho 2009
Tempo: 9h 54min 16s
Distância 217,75km
Média 21,9
Máxima 53km
Local saida Florianópolis(SC)
Local chegada Garuva(SC)

Depois de apenas 3h sono, já que tive muita ansiedade da minha primeira viagem sozinho, acordei antes do despertador tocar.
Saí de casa as 4h, e passei pela ciclovia da beira mar norte. Quando passei por baixo da ponte Hercílio Luz uma surpresa, a ciclovia tinha se transformado em um estacionamento de táxis, isso mesmo (detalhe nas fotos)!!!
Me encontrei com o Duan e o Lucas debaixo da outra ponte e seguimos no escuro, e após 50km de pedal fui contemplado com o primeiro (e único, ufa…) furo no pneu. Troquei a câmara rapidinho já que tive a ajuda dos 2 e seguimos aproveitando o bom vento sul que soprava nas nossas costas. Passando por Balneário Camburiú me despedi do Duan e do Lucas e segui sozinho pela BR101.
Depois de quase 10h de pedal, decidi que era a hora de procurar um lugar para acampar já que faltava pouco para escurecer. Passei por um dos primeiros riozinhos que descem da serra, e pensei que ali poderia encontrar um sítio para acampar e aproveitar aquele rio para tomar um banho frio =p. Cheguei em um lugar que seria um hotel fazenda, então decidi arriscar pedir para acampar lá e utilizar o banheiro apenas para tomar banho em troca de uma pequena taxa – estava disposto a gastar uns 5 reais nisso, hehe. Conversei com algumas pessoas que cuidavam do lugar e expliquei minha situação, não mais que 1 minuto depois já tinham concordado que eu deveria ficar, e que “a minha presença pagaria as despesas” =). Fui chamado para tomar café, – sim, cheguei na hora certa, hahaha- então foram surgindo curiosos fazendo várias perguntas que até então eu pensei serem hospedes do hotel. Pouco depois me explicaram que eu estava na fazenda Esperança da Igreja Católica, e aquele era um lugar onde dependentes químicos passam um ano trabalhando para se recuperarem do vício.
Fiquei realmente feliz em logo na primeira noite encontrar um lugar como aquele, onde eu pude conhecer várias pessoas e histórias -algumas dessas histórias bem pesadas.
As pessoas que mais me marcaram lá foram o Alex que estava na fazenda a 8 meses, e o Alyson que me deu a nobre missão de entregar uma carta a sua mãe na cidade de Carambeí, já que essa cidade fazia parte do meu caminho eu rapidamente aceitei.
Após jantar com o pessoal, fui convidado a participar da reza do terço e do café da manhã no dia seguinte as 7hrs, fui então arrumar minha barraca em um local coberto para poder recuperar o sono da noite anterior.

Enquanto escrevia o diário de bordo o Alyson me presenteou com um terço.
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2º Dia – 20 Julho 2009
Tempo: 6h 1min 16s
Distância 101,74km
Média 16,8
Máxima 63,3km
Local chegada Curitiba(PR)
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Acordei as 6H, arrumei minhas coisas, e fui rezar o terço com o pessoal. Foi um momento bastante comovente, na oração de alguns deles pediram para que minha viagem fosse abençoada, e eu no final do terço agradeci a todos pelo momento ali com eles.
Ao término do café da manhã pedi a todos uma foto de recordação. Na minha saída me falaram que eu precisaria de combustível para subir a serra, por isso me deram uns 2kg de bananas e 2 pães. Falaram também que eu poderia voltar sempre que precisasse, e que eu deveria trazer da próxima vez mais ciclistAs e não ciclistOs, ahhahahahahahaha. Piadas como essa me fizeram perceber que eles gostam muito não só do lugar lá, mas também da oportunidade que eles tem de se recuperar.
Parti na esperança de ter dado força na jornada deles, que com certeza é muito mais díficil do que a jornada que eu tinha pela frente. Estou torcendo muito pela recuperação de cada um deles.
A subida da serra não foi tão cruel como eu esperava, a não ser terceiras faixas da pista – nessa hora não havia acostamento. A maioria dos caminhões passavam com uma distância boa de min, a não ser por uns 2 que passaram “tipo os ônibus de Florianópolis”.
Parei em um SOS usuário chegando em São José dos Pinhais, para usar o banheiro. Quando estava saindo, surpresa!! Tinha uma jarra de café quentinho, hahahaha. Tinha um pessoal pegando aqueles copinhos próprios para café, até que eu, super sujo e com colete refletivo peguei o copo de água (maior que os de cafézinho) e enchi até a boca de café, ehheehhehe. Tomei, e voltei para a bicicleta, quando lembrei que tinha leite solúvel no alforge, fiz questão de voltar e pegar outro copo de café fazendo o clássico pingado (que da pra ser visto na foto abaixo =p).
Um pouco de pedal depois, cheguei na casa dos meus Tios em Curitiba. Resolvi então dar uma limpada na corrente da bike quando percebo que o meu pedivela estava com um “jogo”. Corri numa bicicletaria já que ainda eram 17hrs. Por sorte, encontrei a pior bicicletaria de Curitiba -é, eu ainda não sabia disso. O rapaz que me atendeu era bem gente boa, mas me enrolou pra caramba. Colocou um eixo central novo na bike que não deixava a ultima coroa entrar. Ae ele tirou tudo denovo e percebeu que não tinha um eixo exatamente do tamanho do que eu precisava. Mexeu mexeu até que conseguiu um eixo lá meio usado em que a minha terceira coroa entrava – é, isso já era depois das 18hrs então tive que deixar assim mesmo – então finalmente encostei na minha carteira pela primeira vez na viagem.
Bom, não preciso dizer que fui super bem recebido na casa dos meus tios né, hehehehe. No jantar resolvi preparar uma mega marmita top para aguentar o “pega” do outro dia (vejam foto =p).
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3º Dia – 21 Julho 2009
Tempo: 7h 28min 35s
Distância 129,47km
Média 17,3
Máxima 59,3km
Local chegada Carambeí(PR)
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Meu tio por motivos de segurança me levou para a saída de Curitiba com a sua caminhonete.
Pedalei bastante aproveitando ainda as bananas do dia anterior e a bela marmita, mas chegando em Ponta Grossa a coisa engrossou -puts, essa piadinha foi péssima- graças as terceiras faixas que não me deixaram opção a não ser pedalar pela grama em alguns locais.
Finalmente cheguei a Carambeí onde deveria entregar a carta do Alyson. Conversei com a irmã dele que ligou para a dona Lourdes. Ambas ficaram super desconfiadas e surpresas com a minha história e só relaxaram um pouco após abrirem a carta.
Após me agradecerem, me perguntaram se eu precisava de alguma coisa, bom, tive que mandar na lata já que o dia estava terminando: “Estou precisando de um lugar para passar a noite, e gostaria de saber se posso acampar no quintal de vocês”. Depois de pensarem bastante decidiram que eu poderia ficar, e que, se quisesse, até poderia ficar no quarto do filho. Depois de conversar um pouco decidi ficar na garagem.
No resto do dia fiz minha marmita para o outro dia, e estou ouvindo alguns NerdCast’s enquanto minhas polentas sapecam =p.
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4º Dia – 22 Julho 2009
Tempo: 10h 6min 15s
Distância 156,39km
Média 15,4
Máxima 52,9km
Local chegada Wenceslau Brás(PR)
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Acordei as 6, e fui me despedir da Dona Lourdes. Entreguei meu contato de email para ela, e pedi para que quando o Alyson sair da fazenda, ele me mandasse um email dizendo como foi seu tempo lá, e então eu poderia passar as fotos para ele. Tirei uma foto com ela, e finalmente me toquei de que eu poderia mostrar as fotos da camera que tirei com o Alyson na fazenda.
Depois que ela viu a foto ela falou um monte: Nossa, o Alyson continua lá, que bom, você é gente boa, etc etc… Só então ela de fato perdeu a desconfiança comigo. Quando parti, nos meus momentos de meditações ali em cima da bike fiquei pensando como ela teria deixado eu passar a noite lá e percebi que um dos motivos era que eu estava de bike.
Peguei um vento contra forte nesse dia, e tive que me esforçar bastante para manter uma média de velocidade baixa. Nas poucas descidas que tinha pela frente não tinha mais a terceira coroa graças ao belooo serviço em Curitiba, o meu eixo central começou a se soltar bem devagar, por isso a última coroa não entrava mesmo com o câmbio no máximo.
Pedalei até o anoitecer e parei no primeiro barzinho que vi em Wenceslau para encher as garrafinhas e tomar um refri. Quando estava quase saindo apareceram 2 garotos com umas bikes bem envocadas que me escoltaram até uma pequena pousada na saída da cidade. Conversei bastante com eles, tiramos fotos e depois agradeci, só então para me recolher aos meus simples simpless aposentos – também, por R$15 com café incluso, valeu bastante =p.

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5º Dia – 23 Julho 2009
Tempo: 8h 13min 23s
Distância 134,39km
Média 16,3
Máxima 52,1km
Local chegada Ourinhos(SP)
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Comi super bem no café da manhã enquanto o mundo desabava de chover do lado de fora. Me embalei, embalei todas as coisas, e fui para o que seria o “pequeno passeio do último dia”. É, eu pensei que ia ser tranquilo.
A chuva nem as subidas deram trégua. Foi só isso o dia todo, não podia parar muito tempo senão o meu corpo que já estava um pouco molhado esfriaria.
A ansiedade da chegada estava me incomodando um pouco, até que decidi que deveria me distrair, senão o dia seria ainda mais difícil.Por isso foquei no objetivo mais próximo, aheuieahuae, o “coxinhão do chapadão”, botei isso na cabeça e fui criando variações da música como: “o coxinhão do chapadão é bão, é muito bão”, até chegar no posto Chapadão encharcado. Troquei as meias, e coloquei uma blusa para me esquentar e fui comer o meu trunfo – a coxinha que nem estava tão boa assim, ehehhe.
Depois de mais algumas horas de pedal, finalmente cheguei ao rio que divide o Paraná e São Paulo, o rio Paranapanema. Cruzei a ponte, tirei algumas fotos em SP OURINHONHOSS, e fui para casa ainda em tempo de salvar meus pais de um ataque cardíaco. =)
A viagem foi show! Mas foi muito corrida, gostaria de ter tido mais tempo para observar mais as coisas, e ouvir mais as pessoas no caminho.
Alô André! Muito jóia o relato. Gostei especialmente da história da Fazenda Esperança e da visita à casa do Alison! Um abraço e boas pedaladas
Valeu Fernando!!
Viagem de bike é isso aí né… mesmo em uma viagem pequena como essa, tanta coisa legal aconteceu =)
Abraço
Pikawwwww q foda cara =))))
cara muito daora…. sempre axei q vc fosse loko, mais isso ae foi foda…. parabens velho =) muito foda..
abraço…
Valeu Cabelo!
Vixi, essa só vai ser a primeira viagem maiorzinha de muitas!!! ahhahaha……
Abração!!
Muito bom meu amigo!
Gostei do rango… Tem receita?
Nem dá pra ver a página perto da hora do almoço…. He he he :))
Forte abraço
Olinto e Rafa
Grande Olinto!!!
Muito bom ter um comentário seu no nosso blog!! Valeu!!!
Sempre nos inspiramos em suas histórias, e esse é apenas um fruto delas!!! =)
Grande Abraço!!!
meus parabens velho…é por alguns relatos destes,que cada vez +pedalo sempre +,isto é q nos inspira kd vez +…abrsss
Valeu edy!!!!! =)
é isso ae, é um ciclo o negocio, eu tbm me inspirei um pouco com akele kara ali do comentario de cima, e que bom que agora posso passar isso adiante! =) (ps: vale conhecer a historia dele tbm! eheheh)
OLá André e Ana,
1° Parabéns, pela cicloaventura. Liberdade se conquista, pedalando.
2° uma sugestão: vcs poderiam colocar o roteiro no bikemap.net, bem interativo e utilizado por cicloaventureiros do mundo.
Abraços
p.s. em jan, pretendemos pedalar por terras catarinenses. Acreditamos que possamos juntos cruzar a ilha de floripa.
Olá Pedalante!! Valeu a força!!
Valeu a sugestão do bikemap.net! Show, vamos tentar adicionar uns mapas, aproveitando que ainda tem pouco conteudo né, eheheh……..
Então, janeirão, muito bom! A pedalada aqui por floripa nós garantimos, podemos fazer um roteiro massa…… quem sabe podemos até esticar um pouco pro interior de SC =)
Abração! Valeu!!!
Aow André!
Muito fera a viagem de bike e os relatos!
Parabéns ae cara!
abraços
Opaa!! Quanto tempoo meu caro! Bom ver vc por aqui! =)
Valeu a força!!
Abração! =)
Falaaa André, muito empolgante o relato!
Quando o Thiago comentou eu não acreditei, a começar pela distância e principalmente pelas condições das pistas, entre outros empecilhos.
No meu caso o sedentarismo fala mais alto, e eu não aguentaria pedalar em uma semana o que vc pedalou em 1 dia.
Na próxima jornada que incluir Ourinhos na rota me dá um toque, vamos tentar reunir a galera das antigas e relembrar dos velhos tempos!
Grande abraço!
Pooooooo, Valeu mesmooo Rafa!!!!!!!!!! =) Bom ver o pessoal da minha terra aqui !
A distância que pedalamos em cada dia nada importa, o bom é o momento ali, meditar em cima da bike, conhecer o caminho de verdade, parar pra ouvir a historia de um, se empolgar com ele e quem sabe empolgar alguém também……
Imagina se eu tivesse mais tempo pra fazer essa viagem, se tivesse feito ela em 20dias, o tanto de coisa legal que teria acontecido… =p
O legal mesmo de ficar um tempo assim pedalando com recursos limitados ( espero poder ficar mais tempo na estrada das próximas vezes, espero poder esticar os roteiros ainda ), é que você percebe que não precisa de muita coisa pra viver sabe……. e depois que você volta pra sua vida comum, passa a dar muito mais valor as coisas, por mais simples que elas sejam….
Abraço!!! Valeuuuuu! =)
Isso ae andré, você tinha me contado a história mas agora que eu li tudo aqui, estou no álbum também e lendo o fórum, achei muito legal velho, preparo físico para percorrer a distância deve ser muito no sence, lendo isso me fez lembrar de quando agente ia nas trilhas da vida, e fomos parar lá depois de chavantes, nossa andamos quase 60km blablabla, AOUEHoauheuo voce andou 15x a mais.
A um tempo deixei de ser sedentário, tenho entrado em forma, que tal agente encarar algo mais leve tipo uns 100km perto do natal?
Abraços
Valeu Diegooo! =)
Véii!! Se você tiver com uma bike por lá eu levo a minha daqui de florianopolis ! Já chamamos o Thiago também que ele tá com bike e damos um rolé de 100km lá de certeza!!!! Vixiii, vai ser massa ein!!! ahhahahaha
Abraço cara!!
Então está combinado, postei informações no seu ORKUT
Abraços
Cara gostei muito dos relatos de sua aventura, estou planjando fazer uma também, só que ao contrário do que vc fez, estou pensando em sair de Cerqueira César e pedalar até Floripa.
Fiquei mais encorajado depois de sua aventura.
Abraços
Dae meu vizinho,
pessoalmente já tive a oportunidade de te parabenizar, agora te parabenizo virtualmente. Pela viagem e pelo relato. Um grande abraço. Segue link de algumas fotos da minha viagem: http://www.flickr.com/photos/lannesduering/sets/72157622863755572/
Opa, primeiramente, parabéns pelo blog.. pelas dicas todas Achei d+!
2º sobre sua última frase: “…gostaria de ter tido mais tempo para observar mais as coisas, e ouvir mais as pessoas no caminho…” acredito que assim é a vida quando a gente tem um prazo e um objetivo. Infelizmente não dá para ficar só passeando e pedalando por que isso tem um gasto grande…
Mas é isso aí, continue com o bom trabalho!
se puder, de uma passadinha no nosso site e veja nosso relato do vamos em sinais.. uma pedaladinha de 1200km
Como eu sempre digo, sai dessa vida seu maluco! 🙂
Sacanagem a parte, muito massa hein!
KKKKK
Valeuuuu Caio!!! uhhuhu
Massa, que massa que passou ae ouvir o PodCast!!!
Tá ligado que começamos esse negocio de podcast por causa de vc né? Vc que apresentou o NerdCast pra nós! ehehehe
Abração meu caro!!!
Muito bom seu relato. Não deixa de ser perigoso né, ainda mais sozinho. Mas é inspirador. Parabéns.
Fala Jefferson!! Tudo certo?
Valeu o comentário!! =)
Risco sempre tem né, mas te digo que vale a pena.
Acho que o maior risco é arranjar lugar pra acampar, mas tomando alguams precauções na hora de escolher o lugar tudo dá certo, eheheheh….
Valeu!
Abração!!
Andre, parabens pelo relato. Impressionante, vc foi recuperar as forças onde havia um ‘pessoal’ que muito utilizou de suas forças… “…escreve certo por linhas tortas…” – QUEM SABE… muito legal, mais uma vez parabens.