Dicas para Acampar em Propriedade Privada
Nem só de acampamento livre, ou “selvagem” são feitas os pernoites grátis numa cicloviagem. Você pode contar com a hospitalidade das pessoas pelo caminho. Nem sempre é muito fácil, mas no final do dia você encontrará alguém disposto a ajudar, as vezes sem nem precisar pedir por ajuda. Não faltou gente boa em nosso caminho para compartilhar conosco um pedaço de quintal, as vezes até um quarto vazio da casa. Só o que precisamos ao final do dia é de um espaço simples para descansarmos à noite.
No quintal de alguém

Esta família de Rolecha, pequeno povoado ao norte da Carretera Austral, nos convidou para acampar no quintal e ainda serviram café da tarde tradicional da família, é muito amor!
- Aparecer durante o dia e com uma garrafa de água na mão e a bicicleta do lado aumenta enormemente a receptividade do proprietário. Pedimos água como forma de iniciar uma conversa e apresentar-nos, aí já aproveitamos a deixa da espera pela água como oportunidade para perguntar se nos indicariam um local para montar a barraca e passar a noite… A maioria esmagadora das vezes resultou num convite para desfrutar do quintal, e algumas vezes ofereceram até cômodos da própria casa. Aproveitamos este tempo também para sentir se a pessoa é amigável, gentil, etc.
- As palavras usadas na conversa contam muito para as estatísticas positivas de “convite” para ficar. Nunca mais usamos a expressão “Podemos acampar no seu quintal?”, ao invés disso usamos “Podemos passar uma noite no seu quintal? Estamos precisando de um lugar seguro para descansar esta noite.” Deixamos claro que não iremos ficar ali por muito tempo.
- Quando sentimos que as pessoas estão com medo ou receosas em nos ceder um espaço para dormir próximo à suas casas, puxamos de dentro da bolsa um álbum com algumas fotos da viagem impressas e começamos a contar um pouco dos lugares por onde passamos, também falamos que temos um blog sobre a viagem. Muitas pessoas mudam completamente a maneira como nos tratam e passam a demonstrar muito mais confiança. Muitos pedidos negados mudaram depois de mostrarmos nosso pequeno álbum. As pessoas muitas vezes não sabem do que se trata uma viagem de bicicleta e imaginam um quadro que não condiz com a realidade (ao menos não a nossa!), muitas nos disseram que pensavam que eramos pedintes, usuários de drogas ou fugitivos da polícia (mérito destes jornais sensacionalistas!) e estas pessoas sentem medo neste primeiro contato mais superficial. Mas a partir do momento em que
(sacam o celular do bolso, acessam as redes sociais e nos adicionam como amigos)entendem uma viagem desta como lazer e esporte, são muito mais inclinadas a ajudar. - Placas de venda de hortaliças/vegetais/frutas são uma ótima oportunidade para comprar um rango para o jantar e quebrar o gelo para pedir um canto debaixo do pomar para colocar a barraca.
- Pensar positivo, ser cordial, falar com calma, ter a expressão sorridente e ter uma postura corporal confiante ajudam numa resposta positiva do outro lado da porteira!
- Se estamos de mau humor, ou desanimados (Nem todo dia é um espetáculo, há dias bem difíceis!) comemos algo primeiro e esperamos uns minutos a descansar. Mas se a indisposição no humor não passar, simplesmente evitamos contato com outras pessoas e tentamos acampar “selvagem”. Não achamos justo pedir um pedaço do quintal e não oferecer alguns momentos de conversa com quem nos recebe. Claro, as perguntas de sempre vão surgir e é preciso sempre reservar um pouco de paciência para respondê-las repetidas vezes num mesmo final de tarde.
- No dia seguinte, procuramos deixar tudo como estava e agradecemos pela ajuda e solidariedade da família que nos acolheu. Fizemos muitos amigos por onde passamos, e esperamos que tenhamos deixado uma mensagem positiva e boas lembranças. Algumas vezes deixamos uma foto da viagem com uma mensagem no verso, um pequeno gesto de agradecimento pela confiança e acolhida.
- Tentamos não esquecer de perguntar onde fica o banheiro antes que a família toda vá dormir! Não esperamos que a madrugada chegue pra resolver a emergência. Caso contrário é melhor esperar até a manhã seguinte. Ao contrário de acampamentos livres, usar pá e cavar um buraco no quintal de alguém não é nada gentil (a não ser que seja um local de permacultores!). Vai que no dia seguinte a pessoa resolve fazer uma horta bem por ali e descobre um presentinho desagradável? Os cães domésticos também podem encontrar algo que alguém tentou esconder. Ah, como os cachorrinhos curtem uma lambança em merda fresca!
Acampando em Escolas/Igrejas

Uma linda noite de lua cheia no calorento interior da Bahia. Encontramos um povoadinho no final da tarde e já fomos perguntando se havia alguma igreja por perto. Autorização concedida = descanso abençoado!
- Sempre pedimos para falar com o responsável pelo local, a partir daí todos os funcionários e alunos já estão te rodeando e fazendo perguntas sobre a viagem. Quando o responsável chega, ele já sente o clima amistoso e vê que você é uma pessoa da paz, realizando um tipo de viagem pouco comum. Na maioria das vezes que pedimos autorização, foi concedida. Se o responsável não estiver ou não nos atender, tentamos não nos demorar por ali e seguimos em frente rumo a outra tentativa antes que anoiteça. Algumas vezes não tivemos sucesso em escolas.
- Um sorriso no rosto e comida na barriga ajudam a ter paciência e bom humor na hora de pedir um canto pra passar a noite. É difícil ter paciência para estes momentos, que coincidem com final de dia cansativo e a apreensão de ter seu pedido negado.
- Em igrejas de cidades maiores nunca conseguimos ajuda. Já em cidades pequenas ou vilarejos a chance de acerto é próxima de 100%, sobretudo em regiões onde há cultura da peregrinação. Pode ser no pátio, nos fundos, no salão de festas, na cozinha ou na sacristia… qualquer espaço concedido é uma alegria para nós!
- Escolas em cidades maiores costumam ser bastante burocráticas e hierarquizadas, nossa estatística é a mesma que das igrejas em cidades grandes, zero! Mas encorajamos você a fazer sua tentativa, o máximo que pode acontecer é perder algum tempo tentando, então esteja com algum tempo na margem de segurança para fazer mais tentativas ou seguir estrada por mais algum tempo.
- Escolas em cidades pequenas e vilarejos costuma ser fácil de encontrar alguém responsável e ser autorizado a pernoitar na área comum ou mesmo dentro de uma sala de aula. Fica menos fácil em época de férias escolares. Descobrimos que muitos diretores vivem em cidades vizinhas ou saem de viagem nesta época. Ainda há chance de conseguir autorização com os vigilantes noturnos, poucas vezes funcionou conosco.
- Em escolas, desde o início da conversa deixamos claro nossa intenção de partir cedo pela manhã, preferencialmente antes de alunos e funcionários chegarem, isso tranquiliza os responsáveis e aumentam nossas chances de conseguir autorização. Na região amazônica, tanto peruana quanto brasileira, foi nosso record em pernoites em pequenas escolas.
Campos de Futebol ou áreas públicas em pequenos vilarejos

Quase noite encontramos este campinho de futebol. Esperamos o jogo acabar e pedimos autorização pro capitão. Não sei como eles estavam enxergando a bola naquela escuridão. Na manhã seguinte, pneu e fogareiro furados. Interior de Minas Gerais.
- Sempre procuramos o responsável pela comunidade e pedimos autorização deixando claro que só iremos passar uma noite.
- Verificamos se não haverá jogo ou alguma outra atividade da comunidade no local. Caso contrário procuramos um espaço afastado ou seguimos mais um pouco, não vamos querer levar uma bolada na barraca ou ter que esperar até o final do jogo. Normalmente as 18h já estamos prontos pra cair no sono, e com sono nosso humor despenca. Mas se você está se sentindo sozinho ou falante é uma ótima oportunidade de atrair a curiosidade dos jogadores e bater um papo. Uma boa dica é observar se há refletores no campo. Se não houver, dificilmente haverá alguém querendo jogar bola depois que escureceu.
- Geralmente campos de futebol oferecem uma ótima superfície macia (Ah! Uma grama bem cuidada!) para descansar o corpo cansado. Mas quanto melhor o gramado, mais alta a chance de ter alguém querendo jogar bola no domingo pela manhã, justo enquanto você prepara seu café ainda sonolento dentro da barraca, é…
putamundo injusto! - Por se tratar de uma área ampla, é fácil estar na vista da casa de algum morador, o que dá mais segurança para noite. Mas se não houver casas ao redor nem sempre é um ponto a favor da segurança estar visível. Respire fundo e confie no seu sexto sentido!
- Se sentimos que o vilarejo não é seguro ou há muitos botecos nos arredores, procuramos outro lugar mais calmo. Não gostamos de ter bêbados rodeando a barraca enquanto tentamos dormir. As vezes isso tem como consequência mais algumas horas de pedal com
a bundassandoaquele cansaço!
Corpo de Bombeiros e Polícia

Era preciso esperar o grupo retornar. Mas algo nos dizia que desta vez valeria a espera mesmo não tendo certeza que nos acolheriam. Nossa gratidão ao Corpo de Bombeiros de Campos do Jordão, que nos acolheu com tanto carinho, nos sentimos filhos de todos vocês. Gratidão!
Corpo de Bombeiros são uma alternativa quando você se vê em uma cidade no final do dia. Mas em nossa viagem percebemos que as corporações estão mais propensas a abrigar viajantes solitários do que casais (ao menos nos lugares em que tentamos). Diversas vezes nos dirigimos até a Corporações de Bombeiros indicada já por outros ciclistas que viajavam sozinhos, e nos recusaram abrigo mais de uma vez, sempre muito educadamente. Talvez por tantas recusas passamos um tempo sem nem fazer mais tentativas, simplesmente encontrávamos onde acampar antes de chegar à cidade. Mesmo assim, fomos muito bem acolhidos nas poucas vezes em que pedimos abrigo e nos aceitaram, como em El Chaltén e Campos do Jordão, as duas únicas corporações das inúmeras que batemos à porta. Nestes dois casos nos foi oferecido ducha quente e até refeições com o pessoal. Por muito tempo buscar ajuda nas corporações era a última das nossas alternativas.

De nos deixaram acampar nos fundos sem nenhuma cerimônia. Nem tudo é fácil, então hoje teremos que enfrentar um banho de pia.
Já em Polícias Rodoviárias, geralmente rodovias de maior movimento, nos salvaram diversas vezes. Em algumas poucas tentativas foi difícil conseguir a simpatia dos policiais de imediato, depende do humor e da característica de cada pessoa que nos recebia à porta, mas tivemos persistência (porque não estávamos a fim de seguir, queríamos ficar! Risos) e tudo acabou dando certo e nos ajudaram, viram o quão cansados estávamos!
Postos de Gasolina

Primeira noite na Argentina, primeira noite acampando no posto de gasolina. Com direito a estrutura de camping! Valeu hermanos!
Geralmente ficamos com o “pé atrás” quando pedimos pra acampar no quintal de alguém e nos sugerem seguir até o próximo posto de gasolina. Foram poucas as vezes que acampamos em Posto, mas sempre tivemos uma noite tranquila quando o fizemos. Não damos preferência a postos, mas quando é inevitável ou quando simpatizamos com o local levamos algumas coisas em consideração, como:
- Há uma área escondida ou de pouca circulação de veículos e pessoas onde nossa barraca não chamará a atenção ou ficará escondida?
- Os funcionários são simpáticos, algum deles pernoita no local?
- Há vigilantes noturnos ou o posto é 24h?
- Há alguma área fechada sem uso onde possamos passar a noite? (restaurante que fecha a noite, ou uma garagem não utilizada)

Quando chegamos ao posto, um funcionário simpático logo veio ao nosso encontro. No local onde escolhemos para acampar um casal de paulistas cozinhava sua janta dentro da combi que virou sua casa-viajante. Uma noite tranquila com banho refrescante depois de um dia quente. Ganhamos até uma canecada de feijão do restaurante do posto!

Nunca desconfiamos que no Posto de Gasolina para onde nos mandaram, haveria uma capelinha vazia só esperando por nós. Mais uma noite abençoada!
A grande vantagem de postos de gasolina é que sempre há banheiro, obviamente nem sempre limpo, mas é grande a chance de desfrutar de uma chuveirada no final do dia. Na Argentina encontramos um posto de gasolina que havia preparado uma área de camping gramada e com iluminação, mesas e banquetas e até uns cães de guarda.
Abrigo em Albergues Públicos

Albergue municipal no interior de Minas Gerais. Primeiro nos ofereceram o local, depois o rapaz responsável pela chave ficou com medo de nós. Até explicar para o cara que não éramos bandidos… Mas tudo deu certo no final!
Não é toda cidade que conta com albergues públicos, mas se houver algum, os comerciantes da cidade saberão, então perguntamos nos mercadinhos que paramos pra comprar os mantimentos. Nós encontramos ao longo da viagem alguns albergues bem confortáveis, na maioria das vezes estavam vazios, eram seguros, limpos e um deles até com horta ao nosso dispor! Tudo depende de encontrarmos a pessoa responsável pelo local e do horário que chegamos na cidade. Muitas prefeituras fecham por volta das 13h e neste caso fica mais complicado encontrar algum funcionário que nos ajude, pois é raro pararmos tão cedo.
Parques de Exposições, CTG’s, Parques de Vaquejada e Rodeio

Fomos à prefeitura na esperança de conseguir uma autorização de pernoite no Parque de Exposições da pequena e acolhedora cidade. Nosso agradecimento aos funcionários da prefeitura!
Mais uma ótima opção para acampar grátis é procurar o responsável pelo parque de exposições, CTG ou Parque de Vaquejada das localidades. Geralmente estes lugares estão na entrada ou saída da cidade e tem alguém encarregado da vigilância, pessoa que na maioria das vezes mora no próprio local. Estes 3 tipos de grandes áreas de lazer oferecem estrutura de banheiro e espaço mais que suficiente pra sua barraca. Outra vantagem é estarem afastados do centro da cidade, então é quase certo que sua noite será silenciosa.
Em regiões diferentes encontramos a mesma estrutura com nomes diferentes. Em SC e RS os CTG’s os centros de tradições gaúchas são um local onde guardam animais, realizam festas e confraternizações, muito comum também receberem grandes grupos de cavaleiros viajando em Cavalgadas, e são acostumados a receberem pessoas que acampam. Grande é a chance de um chuveiro quente estar disponível, mas para evitar frustrações, vamos na intenção de depender de uma torneira com água fria, se surgir um chuveiro já é uma surpresa boa, se for quente então ganhamos o dia!
No Nordeste uma estrutura muito similar era apresentada como parque de vaquejadas, sendo que a maioria dos que encontramos era propriedade privada. Parques de Exposições Privados também foram comuns no Norte e Nordeste do Brasil, sendo que na região Sudeste e Sul encontramos muitos parques de exposições municipais. Em qualquer um deles, privado ou municipal, fomos bem recebidos!
Na Argentina e Chile chamavam estruturas similares de Rodeo ou Tradiciones Gauchas, muitas vezes com banheiros bem simples, muito espaço e pouca estrutura construída. Mesmo sem uma ducha quente nos esperando, estávamos contentes o suficiente por poder armar nossa barraca abrigados dos fortes ventos.
Campings Municipais

Não é todo camping municipal que conta com esta paisagem, pontos pra Ushuaiaaaa! Só não espere poder dormir até tarde, as crianças já estão montadas nos seus quadriciclos motorizados ás 6h da manhã, incluindo sábados, domingos e feriados…
Este tipo de estrutura nós só encontramos na Argentina e a maioria era gratuito e público. São locais onde as famílias fazem pic-nics nos finais de semana, utilizam como área de lazer nos finais de tarde. São como parques públicos onde é permitido acampar, o que é ideal para viajantes como nós. Então era simples, chegando numa cidade era só perguntar a localização do camping municipal, todos saberiam informar. Em alguns foi possível até tomar ducha quente. Não encontramos campings municipais em todas as cidades, muito embora seja comum até em pequenos municípios.
Pesque-e-Pague
Não são os locais preferidos por nós, mas não descartamos esta alternativa pois eles tem duas coisas que um ciclista cansado busca no final do dia: espaço e água/banheiros. No Brasil são estruturas bastante comuns nas cidades interioranas, geralmente ficam afastados do centro da cidade e contam com espaço suficiente até para grupos de ciclistas acampar. Mas prepare-se para o ataque de pernilongos, pois água parada é o que não falta! Nos finais de semana costumam estar lotados, se é domingo então preferimos buscar um local mais tranquilo. De todas as formas há que pedir autorização ao dono/responsável.
Balneários e Igarapés

Conforme indicação dos moradores, encontramos este igarapé próximo à estrada. Banho garantido depois de um dia muito quente.
Na região amazônica os balneários em igarapés eram bem frequentes nas margens das estradas próximos a cidades medianas e grandes, tanto do lado brasileiro quanto peruano. São bares e restaurantes instalados ao lado de um olho de água ou rio onde os moradores locais vão aos finais de tarde e finais de semana ter seu merecido lazer. São um delicioso relaxamento após um dia de pedal sob aquele sol escaldante. Os donos costumam ser bem gentis, ainda mais após você consumir algumas água-de-coco. Perguntamos por respeito (e precaução) se é cobrado alguma tarifa para acampar, mas nunca quiseram nos cobrar por passar uma noite em lugares tão paradisíacos! Encontramos um ou outro igarapé livre, sem estrutura nenhuma, mas que as pessoas das comunidades próximas tem costume de frequentar, porém para encontrá-los nem sempre é fácil, então é interessante se informar com os moradores e investigar se há algum nas proximidades, afinal descartar a possibilidade de um banho em águas cristalinas no final de um dia amazônico não é coisa que se faça!
E se disserem NÃO?!
Bom, quando nos recusam uma autorização para pernoite, seja acampando ou sob algum abrigo, nós (nos escabelamos e chamamos a mamãe) não insistimos muito. Procuramos explicar a situação de cansaço e poucos recursos para depender de hotéis, já com aquelas lagriminhas nos olhos. Algumas vezes que insistimos a pessoa se compadeceu da nossa cara, porque insistimos muito, havia uma enooorme subida pela frente e nenhuma perspectiva de lugar promissor ao longo dela.
Quando já fizemos várias tentativas e nenhuma dá certo, e nem estamos com paciência pra insistência, bate mesmo uma vontade de chorar, arrancar os cabelos sujos e ensebados há 5 dias sem banho e gritar “Que que eu tô fazendo aquiiiii?”. Mas a gente se contém, respiramos fundo, damos meia volta, e seguimos. O incrível é que sempre que aconteceu isso não chegávamos a pedalar muito mais, a solução sempre estava próxima. O que acontece é que nosso grau de exigência a cada pedido negado vai diminuindo, então de uma fazenda com gramado lindo que não nos deixaram acampar, passamos a cogitar aquele canto na estrada mesmo, ao lado de um amontoado de lixo, e mesmo o canto amontoado de lixo vai parecer um grande luxo quando seu corpo já entrega as últimas forças.
Bom, ainda resta a alternativa de Solicitar uma Hospedagem Solidária com antecedência, contaremos no próximo post qual nosso procedimento prévio, como encontrar pessoas dispostas a hospedar gratuitamente e também algumas dicas para não ser um hóspede mala demais, hehehe.
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