Manaus-Santarém-Alter do Chão
Porto de Manaus, perto do Mercado Municipal, partiu Santarém!
Em Manaus embarcamos novamente, seguindo agora o Rio Amazonas. A viagem foi de longe muito mais tranquila que a viagem de barco de Porto Velho pra cá. Muito mais espaço e nada de bar com caixas de som gigantescas.
Foi fácil descansar e dormir boa parte do tempo. Ainda conseguimos comprar uns açaís frescos quando o barco parava em algum povoado. Neste barco não eram servidas refeições, mais foi fácil se virar com os açaís frescos e um pouco de farinha de mandioca.
Vendedores de quentinha em uma das paradas do Trajeto Manaus-Santarém
Rio Negro e Solimões no encontro das águas.
Em Satarém chegamos no final da tarde, já havíamos feito contato prévio com a família da Ju, uma amiga pedalante que só conhecemos do mundo virtual, e ela acionou seu irmão e sua mãe para nos receber na cidade. Não bastasse a hospitalidade, fomos ainda apresentados a outra família, a Lobos MTB, que nos abraçou como velhos amigos.
Lá na Oficibike do Pião fomos convidados pra um delicioso almoço e provamos pela primeira vez o feijão verde, que delícia. Enquanto estávamos distraídos com as delícias culinárias do Pião e de sua esposa, o mesmo levou nossas bicicletas lá pra frente, na oficina, sem nos darmos conta.
Quanto menos esperamos, lá estavam as magrelas com cabos de marcha e freios trocados e tinindo! Prontos pro longo pedal que nos aguardaria na Transamazônica. Valeu galera, foi lindo demais essa acolhida! Dormimos uma noite na casa de Dona Julia, mãe da Juliane e do Jone, e no dia seguinte, Jone e Italo nos deram uma carona até Alter do Chão, com as bikes e tudo.
Disseram que era muito perigosa a estrada e não nos deixaram pedalar pra lá. No povoado, chegamos e fomos acolhidos por um outro casal querido demais, Marcão e Laís, ele também da família Lobos MTB.
Este pessoal todo já recebeu também outros amigos pedalantes, que fizeram esta conexão de hospitalidade para nós. Somos muito gratos ao Kiko Zaninetti (www.novaorigem.com.br) por esta ponte!
E a Juliane Oliveira, por mesmo sem nos conhecer, apresentar sua mãe e irmão, que foram nossa família nestes dias em Santarém. Quantas pessoas de coração imenso, não temos palavras!!!
Chegada calorosa em Santarém, com os amigos do Lobos MTB e Oficibike do Pião. Valeu Doni, Jone, Pião pela atenção e carinho conosco!
Internet livre e energia grátis na Praça de Alter do Chão.Primeiro mundo!
Em Alter do Chão aproveitamos para curtir o paraíso que é este lugar, indo muito às praias de água cristalina e areia branca, curtindo a sombra dos cajueiros, e relaxando bastante.
Vida boa debaixo dos cajueiros, na praia de Alter do Chão. Ao fundo Rio Tapajós.
Batismo no Rio Tapajós ao entardecer, dizem que quem se banha nessas águas não quer mais ir embora. E realmente foi difícil…água quentinha e cristalina.
Ilha em Alter do Chão
Turistas atravessando o canal entre a Ilha e o povoado.
Atravessando para a ilha, experimentando se a água tava mesmo boa…
Quiosques na Ilha de Alter do Chão
A imagem fala por si. Não sabia que motorista podia tirar a carteira sem saber ler, sem entender placas de trânsito. Expedição Ford sem nenhum respeito pela área de proteção ambiental.
Na varanda da casa de Laís e Marcos, os passarinhos vinham a toda hora beliscar as frutas que deixávamos sobre a mesa. Foi então que armamos uma armadilha fotográfica pra eles, colocamos a isca, e preparamos a câmera. Quando eles se aproximavam, clap! A variedade de aves é encantadora por aqui!
Vizinhos um pouco malandros, que vinham comer nossas frutas na varanda.Canarinho.
Vizinhos um pouco malandros, que vinham comer nossas frutas na varanda. Bem te Vi.
Vizinhos um pouco malandros, que vinham comer nossas frutas na varanda.
Marcão e Laís, gratidão imensa pela hospitalidade e companhia, dicas e tudo o mais neste paraíso que é o lugar onde vocês vivem. Que assim permaneça! Abraços e saudades!
Despedida do Rio Tapajós, já dá saudades. Difícil seguir…
As bikes queriam ficar, olhando para o “mar” Tapajós!
Depois de uma semana em Alter, conhecendo todos os recantos e cantos encantadores do lugar, partimos em retorno para Santarém pedalando. Mas fomos atrapados pelo Camping Agroecológico na saída do povoado. Como era baratinho e queríamos experimentar como seria acampar na selva, sem precisar abrir mato a facão, e também aproveitando pra aprender um pouco sobre os processos de permacultura do lugar, ficamos por ali mais duas noites. Vimos como eles trabalham com o banheiro seco, e com a reutilização da urina humana para adubação de algumas plantas.
No caminho para Santarém, encontramos um pedaço de paraíso amazônico, um camping ecológico delicioso, uns dias de mato depois de vários dias de praia de rio, não fazem mal a ninguém.
Acordar com estas sombras e esta luz batendo na casinha de pano não tem preço! Amazônia!
Igarapé de águas geladas no camping, tinha que segurar na corda pra correnteza não levar embora. Delícia de banho revigorante!
Depois de alguns dias no paraíso, voltamos à civilização. Logo na entrada de Santarém demos de cara com um conjunto habitacional que ia até o infinito com telhadinhos iguais. Casinhas amontoadas no calor paraense sem chance para uma sombra de árvore. Devem estar mesmo todos loucos!
Bizarrices da urbanidade, voltando à civilização: Santarém e um novo bairro que surge.
De volta a Santarém, de volta à casa de Dona Julia, nos preparamos para ir conhecer a árvore gigante, a Samaúma Vovózona, que mora dentro da Floresta Nacional do Tapajós, ao sul de Santarém.
Como os diagnósticos da estrada não estavam favoráveis para bicicleta, e há um ônibus de linha toda manhã a preço acessível, nos programamos para ir até lá e conhecer este ser centenário. Como foi este encontro contaremos no próximo post.