Paso Hito Cajon #WIN
Em San Pedro de Atacama ficamos alguns tantos dias descansando e visitando os arredores, Vale de la Muerte, Cordillera de la Sal e Laguna Cejar. Encontramos por acaso, ou melhor, fomos encontrados novamente pelos amigos ciclistas Galina e Florin e nos despedimos dos amigos argentinos Paz e Adrián.
Seguimos sozinhos para o Paso Hito Cajon, que é equivalente a metade de Paso de Jama, para entrar na Bolívia. Temíamos que estivesse coberto de neve, mas ouvimos falar de um casal de ciclistas que tinha seguido para o local e até o momento de nossa saída ainda não haviam retornado, então presumimos que teriam conseguido seguir.
Nos levou dois dias inteiros para subir até os 4.700msnm novamente, acampamos na metade da subida, quando o vento virou e encheu nossas coisas de areia. Depois deste local de acampe, ficou ainda mais difícil subir, faltava o fôlego que tínhamos em San pedro de Atacama, a 2.400msnm. Sem falar na temperatura que só diminuía. Mas logo no começo do dia encontramos o Nick, que seguiu com a gente mais dois dias pela rota das Lagunas.
Entramos no parque Eduardo Avaroa, que fica na região de Lipez Sul. Essa região foi a que ganhou mais prêmios de toda nossa viagem: piores e mais confusas estradas, noites mais frias, pedalada mais difícil, maior distância empurrando sobre areia, hospedagens baratíssimas.
Mas o prêmio mais importante de todos que essa rota ganhou é a de paisagens mais impressionantes. Tivemos noites e manhãs com -17°C, neve com vento que deixou tudo branco em 5 minutos, águas termais de 40°C, incontáveis lagunas recheadas de flamingos rosados, geiseres para cozinhar nossa comida, acampamos a 4.800 metros de altitude, dormimos numa hospedagem construída com blocos de sal, quebramos nosso récorde de mais dias sem tomar banho, e comemos muitas batatas andinas.
- Era este tipo de paisagem que nos acompanharia por algumas semanas em nossa entrada na Bolívia.