Primeiro Semestre 2011 – Nosso resumão
Pessoal, faz um bom tempo que não alimentamos o blog com posts de nossas pedaladas, gambiarras, reciclagem, etc. Mas isso não quer dizer que deixamos de fazer tudo isso. Muito pelo contrário! Estamos com uma rotina bem apertada, e acabamos deixando o blog um pouco de lado para conseguir no tempo livre fazer tudo isso que nos faz bem para o corpo e a alma. Nestes primeiros 6 meses do ano aprontamos algumas por aí, e acabamos só jogando as fotos para nossa galeria do Picasa ou Facebook. Agora faremos só um resumão de tudo isso, com um relato sintetizado de cada viagem e o link para as fotos.
Cicloviagem rápida no Carnaval: para aproveitar os poucos dias de folga arrumamos a tralha toda e partimos em direção à Serra do Rio do Rastro. Porém, o caminho inicial foi mais duro do que imaginávamos e não conseguiríamos chegar à serra e voltar pra casa de bicicleta, a não ser que voltássemos de ônibus. Possibilidade descartada já no segundo dia, preferimos aproveitar melhor o caminho e deixar a Serra para outra oportunidade, com mais tempo disponível. Foi uma viagem que exigiu bastante das pernas, mas foi um deleite para os olhos. Nosso roteiro partiu de Florianópolis, passou por São José, Palhoça, São Pedro de Alcântara, Angelina, Rancho Queimado, Anitápolis, Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna, São Martinho, Santo Antonio, Imaruí, Imbituba, Paulo Lopes, Palhoça, São José, e em casa novamente, Florianópolis. Entre acampamentos na beira de cachoeira, e outros escondidos no jardim da prefeitura de cidadezinhas pouco movimentadas, pousadas lotadas no feriado e pedal na escuridão, encontramos um anjo em nosso caminho que até nos cedeu uma casa para passar a noite. Alguém já imaginou que bicicletas carregadas seriam mais rápidas que os motorizados, em plena BR 101? Pois é, no último dia da viagem, subimos numa tranquilidade inacreditável o famoso e problemático Morro dos Cavalos, e até chegar em Palhoça, esta foi a cena: numa tarde chuvosa bicicletas carregadas de tralha ultrapassam carros, caminhões e até motocicletas em descidas, subidas e trechos planos, e viram alvo das máquinas fotográficas daqueles que estão atrás dos vidros, trancados no congestionamento. Nesta viagem descobrimos o poder do melado de cana: tá vendo subida à frente? Só tomar umas goladas de água adoçada com melado que vai parecer que ligou uma turbina na bike. Além de que é uma delícia! Energético de baixo custo e mais saudável. Ainda melhor quando saborizado com limões da beira da estrada, um luxo!
Audax Floripa 200km: em março também pedalamos para completar os 200km, mas principalmente pedalamos para prestigiar mais um evento ciclístico na cidade, pedalar com os amigos, e curtir um visual maravilhoso passando de bike por alguns lugares onde normalmente não se pode pedalar, como é o caso da Ponte Pedro Ivo Campos e da base aérea. Novamente testamos o energético de melado, totalmente aprovado, é só avistar a subida, dar uns goles, e esperar alguns segundos para fazer o efeito.
Piquenique na Lagoa do Peri: em março hospedamos pelo Warmshowers.org o cicloturista boliviano-alemão Kevin (http://urupica.de/html/). Como antes de saber de sua chegada, já havíamos combinado com os amigos um piquenique no Parque da Lagoa do Peri, o convidamos para juntar-se a nós, e ir pedalando para o parque passar o dia de sábado. Ele prontamente aceitou o convite, então cedinho levantamos, encontramos os amigos ao longo do caminho, compramos os ingredientes para o almoço já próximo do Parque, e um peixe fresco lá no Campeche.
Piquenique no dia das Mães, mas pedal foi com o Pai! No dia das mães fomos fazer um piquenique novamente no Peri, para levar a família para conhecer o lugar. Desde que viajou conosco pra Bombinhas ano passado, o pai não deixou mais a magrela sossegada, e não via a hora de vir pra Floripa pedalar com a gente de novo (só porque aqui é mais plano, hehe). A mãe ainda não se encoraja a enfrentar as ruas movimentadas, então ela foi de carro com a tralha toda do piquenique e com o filho mais novo. Paramos na mesma peixaria no Campeche e até o peixeiro lembrou de nós, que alguns meses antes passamos por ali.
Floripa a Bombinhas e os desencontrados: combinamos tudo com os amigos na semana anterior, no sábado cedinho lá estávamos nós, debaixo da ponte como o combinado. Esperamos meia hora pelos atrasados, que não apareceram. Decidimos tocar em frente, e que eles nos alcançassem mais adiante. Logo na ponte um pneu estourado, procura bicicletaria e lá vamos nós de novo. Mais adiante um dos atrasados nos alcança, saiu de casa sem café da manhã, pode isso?! Vamos em frente, esperando chegar em Tijucas para bater um rango no restaurante recomendado. Chegando lá, estabelecimento fechado. Vamos ao mercado, e eis que alguém encontra 20 reais no chão, próximo das bikes. O universo conspira a favor, e os vintão pagam o peixe da nossa janta. Bóra pedalar então, só colocamos um lanche rápido no tanque, seguimos adiante. Ainda esperávamos mais um amigo, que pedala forte, estávamos na certeza de que nos alcançaria. Mas não apareceu e ficamos preocupados. Mas não havia comunicação possível, pois o cidadão consegue ser um ermitão urbano, e é só um aparelho telefônico parar em suas mãos para o dito exterminar misteriosamente com ele.
Aniversário de Casamento tem que ser a pedal! Nossa Boda de Papel caiu bem no dia que aconteceria o IronMan. Algumas ruas estariam fechadas, então não pensamos duas vezes, domingo é dia de: ACORDAR CEDO e PEDALAR! Aproveitamos parte da estrutura ainda antes da largada das bikes do Ironman. Depois seguimos junto com os que já estavam mais por último até alcançar as ciclovias. Domingo de sol, lindo mesmo, pedalar era a comemoração que nós dois queríamos. Ao longo do dia, encontramos alguns amigos pedalando, outros passeando e aproveitando o solzinho de outono. Como o objetivo era aproveitar o dia, e a companhia um do outro, não fotografamos, esse momento nós não compartilharemos com vocês, ele agora é só nosso e só está guardado nas nossas lembranças!
21 Cicloviajantes autônomos na estrada: pedalamos com eles e acampamos juntos até a primeira noite da viagem. No dia seguinte nós retornamos para casa, mas os 21 estudantes da UFSC seguiram em direção à Ilha do Mel, para um encontro de estudantes de Biologia. Mas nesta viagem não estavam só os futuros biólogos, estudantes de outros cursos, apaixonados pela bike também entraram no “bonde”. Vale destacar que a maioria eram meninas, isso mesmo, mulherada corajosa encarando a estrada! E você já pedalou ao som ao vivo de flautas? Rá! Privilégio de poucos, viu! Alguns dos integrantes levaram suas flautas, e fizeram uma deliciosa trilha sonora. Um deles até pedalava e tocava flauta ao mesmo tempo. Mas incrível mesmo, foi tomar café da manhã, assistindo o nascer do sol e ao som de três flautas e na melhor companhia. Aos 21 cicloviajantes que nos fizeram compania neste final de semana, agradecemos demais a oportunidade de pedalar com vocês e estar na companhia de todos. Que vocês tenham uma ótima viagem, e depois que esta terminar, que venham muitas outras!!!
Então é isso, metade do ano já passou. Esperamos que na metade restante, possamos pedalar ainda mais, só pra variar um pouquinho!