Ruta de los 7 lagos de bike
Veja como foi a nossa travessia da ruta de los 7 lagos de bike na Argentina.
Chegamos cedo em Junin de Los Andes, tendo o caminho asfaltado e enfeitado com árvores de fruta em flor. Sob um fortíssimo vento oeste não seria possível continuar pedalando.
Tratamos de nos abastecer bem de comida e fomos visitar o museu de arte ao ar livre Via Christi.
Como o camping municipal ainda estava fechado e o outro era muito caro, seguimos mais uns km’s ao sul e encontramos um lugar sossegado ao lado do rio e abaixo da estrada, escondido.
No dia seguinte André estaria de aniversário e passaríamos parados, havia lhe prometido um bolo de paquecas e musse de chocolate.
De Junin de Los Andes loguinho chegamos a San Martin de Los Andes, mesmo o vento tentando dificultar as coisas.
Em San Martin apenas buscamos informações turísticas das rutas para o sul e locais de camping livre, o que foi muito útil!
Tanto Junin como San Martin são povoados bastante turísticos e de construções pitorescas.
Saindo de San Martin esperávamos chegar ao camping livre mais próximo, pois é uma área onde é proibido acampar em qualquer beira de estrada, pois está dentro de área de Parque Nacional.
San Martin fica às margens do Lago Lacar, e pra deixar o vale não é fácil, foram muitas horas de subida, e que subidas!
No caminho encontramos um casal de Argentinos viajando de bici também, vinham de Esquel e iriam até Córdoba.
Ambos teríamos muitas subidas pela frente, conversamos rapidinho e seguimos. Conseguimos chegar ao camping llivre do Lago Vilarino, que fica ao lado do Lago Falkner.
Difícil decidir qual lago é mais bonito, mas me encantei pelo bosque às margens do Vilarino.
Na manhã seguinte nos demoramos a sair. Se tivéssemos comprado mais comida, poderíamos gastar mais um dia ali, que pena, é preciso seguir.
Na Ruta de los 7 lagos de bike – Argentina
A estrada de asfalto logo terminou e entramos no rípio novamente, num trecho em obras, não estava nada fácil.
Para complicar, não sabíamos a que distância estariam os próximos campings libres, perguntamos aos trabalhadores da ruta e nos disseram que era só mais um pouquinho, uma subida longa e depois da descida, na praia do lago.
Depois da subida já encontramos o asfalto. Que alívio! Chegamos ao camping libre no lago Espejo (espelho), que lugar! Era permitido fazer fogueira então tratamos de esquentar uma água pra lavar a cabeça e tomar banho de lencinho. Água potável era preciso ir buscar do outro lado da ruta, numa nascente.
Dormimos muito bem e seguimos pelo sobe e desce sem fim até Villa La Angostura. Que coisa magnífica a vista do Lago Nahuel Huapi, um enorme lago que muitas vezes mais parecia um mar. Em V. La Angostura apenas compramos comida e cozinhamos um almoço em frente ao supermercado mesmo. Seguimos na esperança vã de encontrar algum camping livre pelo caminho.
Mas nada! Dali até Bariloche é só exploração. Somente campings organizados ou agrestes pagos, e muito bem pagos.
Cobravam por pessoa e por carpa, o preço pra nossos padrões estava abusivo. Seguimos em frente, mas sabíamos que não conseguiríamos chegar até Bariloche. Cada lugarzinho promissor para acamparmos, havia uma placa informando a proibição.
Chegamos até um posto da Gendarmeria e perguntamos sobre campings. Nos informaram que não havia nenhum e nós ficamos sem saber o que fazer, o vento estava soprando forte e fazia frio com um pouco de chuvisco.
Ficamos por ali esperando uma luz divina nos dizer o que fazer, estávamos na inércia. Até que o policial foi conversar com o superior. Ele gosta de Zezé di Camargo, talvez foi por isso que quis ajudar os brasileiros.
Voltou com excelentes notícias pra gente. Nos deu 3 opções. Acampar ao lado do rio, próximo ao posto de polícia, ou próximo ao lago, ou ainda no ponto de ônibus em frente. Aceitamos de bom grado o ponto de ônibus, muito chique!
Todo de vidro e madeira, fechado e quentinho. Só precisaríamos passar uma vassoura e beleza. Nos jogamos por ali mesmo e logo capotamos. Mas no começo da noite alguém abre a porta.
Um passageiro de ônibus queria esperar no quentinho, mas logo o busão dele veio e pudemos continuar nosso sono tranquilos.
Mais algumas fotos da nossa travessia da Ruta de los 7 lagos de bike na Argentina:
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